O Folk em Mim e a Estrela Cadente

Olá pessoal, comecei este blog de um jeito muito, sei lá, só comecei.
Porque? Eu digo o porquê.

(Foto tirada no evento Que Se Folk, esse sou eu. OBS: reparem no robert ali atrás, doidão esse cara.)

Meu nome é Allan Rodrigues Semezzato, tenho 20 anos agora e moro no interior de São Paulo. Enquanto escrevo isso estou tomando um café que acabei de passar e assistindo um vídeo do Zangado,  no mesmo ele fala de mudanças, o que é exatamente a razão por eu estar criando o The Folk.
Sempre fui uma pessoa fria, e com o tempo a adolescência vai te transformando e te moldando a um adulto. De um tempo pra cá, alguns altos e baixos da vida me fez começar a ter outra visão do mundo, do mundo não, da vida. Quem me conhece pessoalmente pode dizer que mudei, pessoas que interajo mais agora podem não ter percebido isso, mas cansei.
Cansei do quê? Eu cansei demasiadamente de ser uma pessoa que só gostava das mesmas coisas, cansei de ser uma pessoa que só frequentava os mesmos lugares e as mesmas amizades. Não falo das amizades como um ponto ruim a declarar, pelo contrário, foi a convivência com elas e suas desavenças naturais que me colocam onde estou exatamente hoje.

Mudanças

Muitos de vocês e até eu via "mudança" como uma associação a algo ruim e que necessita ser alterado ou retirado de mim. Enxergo hoje "mudança" como "melhora", não me sentia bem ao ser quem eu era, não me sentia bem ao estar com amizades ou gostos que não interpretava bem a mim. Apenas me sentia sendo algo que NÃO ERA EU. Pois se estou vivo, se meus sentidos estão saudáveis, cadê meu extinto? Cadê?
Sempre adorei ser escoteiro, me aprofundei muito no escotismo e hoje posso falar com orgulho que sou o único pioneiro do meu grupo que é Chefe da Tropa Sênior e Guia do GE Capela 264. A natureza, o movimento, a energia, as amizades e tudo seguido de uma vibe que é totalmente aprender em grupo, liderar, ensinar e debater. Aprender fazendo. Foi isso o que me mudou. Sentir a natureza, se sujar mesmo, ficar com cheiro de fogueira, voltar rouco para casa de um acampamento ou atividade que me esgotou, me esgotou de aprendizado, de relação, de madrugadas, de noites quentes e frias, me esgotou principalmente, de vida.

O que aconteceu para eu chegar até aqui? Um filme. Um não, dois. Que seguem nessa levada do escotismo, do mundo despercebido.

A Vida Secreta de Walter Mitty (Secret Life of Walter Mitty, 2013);


E o filme Na Natureza Selvagem (Into The Wild, 2007).


Foi a emoção, foi não, É a emoção da arte sonora com todos os pequenos detalhes dos filmes e de lembranças minhas referente a isso que me ascendeu o gosto, a magnitude, o orgasmo de uma música folk, que me tornou ser a mim mesmo, onde quer que eu vá. Redundante sim, pleonasmo? Talvez...

Hoje

Enfim hoje posso dizer que sou feliz. Não tenho emprego, não tenho carro nem carta, não me agarro a bens materiais, mas há felicidade nos poucos detalhes da vida, uma estrela cadente que marca te marca tanto por nem meio segundo de existência, o cheiro bom de uma comida, até em um macaquinho sagui que acaba de passar em um galho da árvore que você encosta para descansar seus pés. Levo essa mudança como felicidade e felicidade eu interpreto como tudo o que me faz ser feliz, por mais que isso não dure no momento como a estrela cadente, isso vai durar pra sempre na sua memória, a emoção de um momento se dá pela emoção ao recordá-la.

Ando para todos os cantos sem medo e imagino que, naquele banco abandonado no meio do bosque antigo, pôde ser o momento mais feliz da vida de uma ou duas pessoas, um pedido de casamento talvez? Ou até o momento em que, em uma vida passada eu estava ali sentado no mesmo banco e vi uma estrela cadente. Seja a diferença, seja a estrela cadente de alguém, seja a estrela cadente da sua vida.

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Autor com orgulho do blog The Folk, com 20 anos de idade ainda sonha em ser um auror e passa a maior parte do tempo toma ndo café.

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